FGV
Nível Superior
SEED PR
2021

Texto 15A2-I

 

Quando se indaga sobre a diferença entre epidemia e endemia, surge, imediatamente, a ideia de que a epidemia se caracteriza pela incidência, em curto período de tempo, de grande número de casos de uma doença, ao passo que a endemia se traduz pelo aparecimento de menor número de casos ao longo do tempo.

 

A distinção entre epidemia e endemia não pode ser feita, entretanto, com base apenas na maior ou menor incidência de determinada enfermidade em uma população. Se o elevado número de casos novos e sua rápida difusão constituem a principal característica da epidemia, já não basta o critério quantitativo para a definição de endemia. O que define o caráter endêmico de uma doença é o fato de ela ser peculiar a um povo, a um país ou a uma região. A própria etimologia da palavra endemia denota esse atributo: endemos, em grego clássico, significa “originário de um país”, “referente a um país”, “encontrado entre os habitantes de um mesmo país”. Esse entendimento perdura na definição de endemia encontrada nos léxicos especializados em terminologia médica de várias línguas.

 

Pandemia, palavra de origem grega, formada com o prefixo neutro pan e pelo morfema demos (povo), foi pela primeira vez empregada por Platão, em seu livro Das Leis. Platão a usou no sentido genérico, referindo-se a qualquer acontecimento capaz de alcançar toda a população. Com esse mesmo sentido, foi também utilizada por Aristóteles.

 

O conceito moderno de pandemia é o de uma epidemia de grandes proporções, que se espalha por vários países e por mais de um continente. Exemplo tantas vezes citado é o da gripe espanhola, que se seguiu à I Guerra Mundial, nos anos de 1918 e 1919, e que causou a morte de cerca de 20 milhões de pessoas em todo o mundo.

 

Joffre M. de Rezende. Epidemia, endemia, pandemia, epidemiologia.

In: Revista de Patologia Tropical, v. 27, n.º 1, p. 153-155, jan.-jun./1998 (com adaptações).

Os vocábulos “países” e “línguas”, presentes no texto 15A2-I, possuem a mesma classificação quanto à tonicidade, porém um difere do outro quanto à regra empregada para a utilização do acento agudo. Assinale a opção que indica a correta classificação desses vocábulos quanto à tonicidade e que explica corretamente as regras de acentuação aplicadas a eles.

Comentário rápido

A correta classificação dos vocábulos “países” e “línguas” quanto à tonicidade é que ambos são paroxítonos. No entanto, as regras de acentuação que se aplicam a eles diferem devido às características específicas de cada palavra.

  • “Línguas” é acentuado porque é uma palavra paroxítona terminada em ditongo oral, conforme a regra que estipula que paroxítonas terminadas em ditongo oral recebem acento agudo.
  • “Países” é acentuado porque sua sílaba tônica forma um hiato com a vogal da sílaba anterior. A regra específica aqui é que palavras paroxítonas que apresentam um hiato entre a vogal tônica e a vogal que a precede, sendo a vogal tônica i ou u tônicos e sozinhos na sílaba ou seguidos de s, recebem acento agudo.

O que é oxítona, paroxítona e proparoxítona?

Oxítonas

São palavras cuja sílaba tônica é a última. Exemplos incluem:

Café
Papel
Cipó
As oxítonas são acentuadas graficamente apenas quando terminam em a(s), e(s), o(s), em, ens.

Paroxítonas

São palavras cuja sílaba tônica é a penúltima. Exemplos incluem:

Árvore
Livro
Fácil

As paroxítonas são acentuadas graficamente quando terminam em qualquer letra que não seja a(s), e(s), o(s), em, ens.

Proparoxítonas

 

São palavras cuja sílaba tônica é a antepenúltima. Todos os exemplos de proparoxítonas são acentuados graficamente, sem exceção.

Exemplos incluem:

Lâmpada
Médico
Sílaba

Proparoxítonas Paroxítonas Oxítonas-01

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