Antropólogo, sociólogo, educador, escritor e político brasileiro, a personalidade multifacetada de Darcy Ribeiro torna longa a lista de “fazimentos”, como ele próprio gostava de chamar suas realizações. Graduou-se em ciências sociais, em 1946, na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP). Suas primeiras experiências profissionais foram no Serviço de Proteção aos Índios (SPI). Em 1956, Darcy organizou e passou a dirigir o Museu do Índio, sediado no Rio de Janeiro. Em 1957, conheceu Anísio Teixeira e passou a ter contato com o universo da educação. Foi coordenador do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais, vinculado ao INEP. “Juscelino Kubitschek pediu a Anísio para criar o sistema educacional do Distrito Federal e implementar uma universidade em Brasília”, destaca Murilo Camargo, lembrando que o projeto iniciado em 1962 foi interrompido em 1964, com a ascensão do regime militar, e passou por muitas mudanças de configuração, sobretudo com a reforma universitária de 1968. Com o regime militar, o educador foi exilado para o Uruguai. Em Montevidéu, ajudou na reorganização da Universidade da República do Uruguai e de instituições públicas do continente americano, além da Universidade de Argel, na Argélia. De volta ao Brasil, em 1976, passou a se dedicar à educação pública. Vice-governador de Leonel Brizola, no governo do Rio de Janeiro, implantou os Centros Integrados de Ensino Público (CIEP), projeto pedagógico inspirado nas concepções de Anísio Teixeira e que garantia assistência em tempo integral aos estudantes, com atividades recreativas e culturais para além do ensino formal. Ao longo da vida, o antropólogo escreveu obras sobre etnologia, antropologia, educação, além de romances. Em 1992, Darcy Ribeiro foi eleito para a cadeira n.º 11 da Academia Brasileira de Letras, que ocupou até sua morte, em fevereiro de 1997.
Carolina Pires. Pioneiros. In: Revista de Jornalismo
Científico e Cultural da Universidade de Brasília, n.º 23, jul.–dez./2019 (com adaptações).
Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
No primeiro período do texto, o emprego das aspas em ‘fazimentos’ se justifica por marcar que tal vocábulo é um neologismo, empregado em um contexto coloquial.
O texto destaca a personalidade multifacetada de Darcy Ribeiro, mencionando suas contribuições em diversas áreas como antropologia, sociologia, educação, política, entre outras.
O termo ‘fazimentos’, colocado entre aspas, é utilizado para referir-se às realizações de Darcy Ribeiro. O uso de aspas, nesse contexto, serve para indicar que o termo é uma expressão de uso particular do próprio Darcy Ribeiro, não sendo um termo convencionalmente encontrado em dicionários ou de uso comum na língua portuguesa até então.
Perceba que o próprio texto diz: “como ele próprio gostava de chamar suas realizações.”
Qual é a diferença entre latinismo, neologismo, estrangeirismo, arcaísmo e regionalismo?
Latinismo:Uso de palavras ou expressões originárias do latim.
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Neologismo:Criação de uma palavra ou expressão nova, ou atribuição de um novo significado a uma palavra já existente.
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Estrangeirismo:Emprego de palavras ou expressões estrangeiras em uma língua.
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Arcaísmo:Uso de uma palavra ou expressão que caiu em desuso e é característica de um período histórico anterior.
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Regionalismo:Palavra ou expressão usada em determinada região, refletindo as particularidades culturais e linguísticas locais.
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