Cespe / Cebraspe
Médico
TCE-PB
2022
Matéria: Português – Gramática

A história da saúde não é a história da medicina, pois apenas de 10% a 20% da saúde são determinados pela medicina, e essa porcentagem era ainda menor nos séculos anteriores. Os outros três determinantes da saúde são o comportamento, o ambiente e a biologia – idade, sexo e genética. As histórias da medicina centradas no atendimento à saúde não permitem uma compreensão global da melhoria da saúde humana. A história dessa melhoria é uma história de superação. Antes dos primeiros progressos, a saúde humana estava totalmente estagnada. Da Revolução Neolítica, há 12 mil anos, até meados do século XVIII, a expectativa de vida dos seres humanos ocidentais não evoluíra de modo significativo. Estava paralisada na faixa dos 25-30 anos. Foi somente a partir de 1750 que o equilíbrio histórico se modificou positivamente. Vários elementos alteraram esse contexto, provocando um aumento praticamente contínuo da longevidade. Há 200 anos, as suecas detinham o recorde mundial com uma longevidade de 46 anos. Em 2019, eram as japonesas que ocupavam o primeiro lugar, com uma duração média de vida de 88 anos. Mesmo sem alcançar esse recorde, as populações dos países industrializados podem esperar viver atualmente ao menos 80 anos. Desde 1750, cada geração vive um pouco mais do que a anterior e prepara a seguinte para viver ainda mais tempo.

Jean-David Zeitoun. História da saúde humana: vamos viver cada vez mais?
Tradução Patrícia Reuillard. São Paulo: Contexto, 2022, p. 10-11 (com adaptações).

 

No que se refere a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item seguinte.

O termo “positivamente” (oitavo período) é empregado como adjetivo de sentido quantitativo e se refere ao fato de a expectativa de vida humana aumentar numericamente, e não diminuir.

Comentário rápido

O termo “positivamente” no contexto apresentado não atua como um adjetivo de sentido quantitativo, mas sim como um advérbio que modifica o verbo, indicando a maneira como o “equilíbrio histórico se modificou”.

Qual classe morfológica indica intensidade?

Essa a FGV gosta. São os advérbios.

Esta ficha vai te dar um apanhadão sobre advérbios. Eu a salvaria para revisar mais tarde!

Os advérbios são palavras que modificam verbos, adjetivos ou outros advérbios, fornecendo mais detalhes sobre a ação, o estado ou a característica.

→ Se a palavra não for relacionada a verbos, adjetivos ou outros advérbios, ela NÃO vai ser advérbio. Fácil assim.

Como identificar advérbios:

  • Advérbios geralmente respondem a perguntas como "Como?", "Quando?", "Onde?" e "Por quê?".
  • Nem toda palavra terminada em “mente” será advérbio, mas GERALMENTE as palavras terminadas em mente são advérbios! Dê só aquela verificada se está modificando um verbo, adjetivo ou outro advérbio.

Advérbio é uma classe morfológica invariável. Não flexiona em gênero, número e grau.

Categorias de Advérbios:

  • Modo: indicam como algo é feito (ex.: calmamente, rapidamente).
  • Tempo: indicam quando algo acontece (ex.: agora, ontem, sempre).
  • Lugar: indicam onde algo acontece (ex.: aqui, lá, perto).
  • Intensidade: modificam adjetivos ou outros advérbios, indicando intensidade (ex.: muito, pouco, bastante).
  • Afirmação, Negação e Dúvida: expressam afirmação (sim), negação (não) ou dúvida (talvez).

Uso de Advérbios em Comparativos e Superlativos:

  • Advérbios, assim como adjetivos, podem ser usados em graus comparativos e superlativos (ex.: mais rapidamente, o mais rapidamente).

Evitar Redundâncias:

  • Evite o uso redundante de advérbios, como "subir para cima" ou "entrar para dentro", pois a ação já implica a direção.

Advérbios - Resumão-01

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