Observe a seguinte frase: “Os portugueses cultos nunca deixaram de dar valor às bibliotecas”.

Em todas as opções abaixo, pretendeu-se dar destaque ao adjetivo “culto”; assinale a opção na qual o processo para realizar essa estratégia estilística está corretamente indicado.

Opção B: “Os portugueses, cultos, nunca deixaram de dar valor às bibliotecas.”

• Estratégia Indicada: Estabelecer uma pausa entre substantivo e adjetivo, indicando uma consequência positiva da ação seguinte.
• Erro na Estratégia: A inserção de vírgulas para separar o adjetivo não necessariamente indica uma consequência positiva da ação, mas sim adiciona uma explicação.

Opção C: “Cultos, os portugueses nunca deixaram de dar valor às bibliotecas.”

• Estratégia Indicada: Separar o adjetivo no início da frase, obrigando o leitor a valorizar a proteção às bibliotecas.
• Erro na Estratégia: Colocar o adjetivo no início da frase de fato destaca a característica de ser culto, mas a justificativa de que isso obriga o leitor a valorizar a proteção às bibliotecas extrapola o texto.
  • Mais uma vez, a vírgula adiciona uma explicação → “Porque são cultos, os portugueses (…)

Opção D: “Os portugueses cultos, cultos, cultos nunca deixaram de dar valor às bibliotecas.”

• Estratégia Indicada: Repetir os adjetivos em progressão de intensificação descendente, destacando o valor da cultura.
• Erro na Estratégia: A repetição do adjetivo não cria uma progressão de intensificação descendente; ao contrário, pode enfatizar excessivamente que os portugueses são cultos. A questão deveria trocar a palavra descendente por ASCENDENTE (ou seja, algo que vai crescendo).

Opção E: “Os portugueses, bastante cultos, nunca deixaram de dar valor às bibliotecas.”

• Estratégia Indicada: Acentuar o valor do adjetivo por meio de um advérbio, mostrando um julgamento irônico do autor da frase.
• Erro na Estratégia: Poxa vida, o examinador colocou um erro bem no finalzinho. O uso de um advérbio como “bastante” para modificar o adjetivo “cultos” intensifica a característica de ser culto, mas não necessariamente introduz um julgamento irônico.