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Qual é a diferença entre complemento nominal e adjunto adnominal?

Essa aqui confunde muita gente BOA. Há pessoas que simplesmente desistem do assunto e que, por isso, correm o risco de perder um ponto importante na prova.

Este assunto, entretanto, não é difícil de compreender… só é difícil de ser lembrado.

Adjunto adnominal

  • Está junto, junto, juntinho ao nome (substantivo)
  • É relacionado a um substantivo concreto ou abstrato.
  • Pratica a ação → caráter “agente”
  • Indica posse
  • Pode ou não ser precedido de preposição

Exemplo:

  • O corajoso Frodo, portador do anel poderoso, iniciou sua longa jornada até a Montanha da Perdição.
    • A palavra “corajoso” se relaciona a Frodo, que é um substantivo concreto (todo nome próprio é substantivo concreto). Como complementos nominais não se relacionam a substantivos concretos, temos aqui um adjunto adnominal.

Complemento nominal

  • É relacionado a um substantivo abstrato, a um adjetivo ou a um advérbio
  • Quando relacionado a um substantivo, esse substantivo só pode ser abstrato.
  • Recebe a ação → caráter “paciente”
  • Nunca indica posse
  • SEMPRE é precedido de preposição

Exemplo:

  • Meus amigos Frodo e Sam enfrentam muitos perigos.
    • A palavra “perigos” se refere à palavra “muitos”, que é um advérbio. Logo, a palavra “perigos” é um complemento nominal.
Adjunto adnominal vs complemento nominal-01

Caiu na prova

Cespe / Cebraspe
Cargo: Sem cargo
Vestibular UnB
2022

Texto

A questão da origem da linguagem é altamente controvertida, dada a inexistência de provas e de testemunhos factuais. Isso tornou o tema sujeito às mais inusitadas divagações e propostas fantasiosas. Uma das primeiras teorias sobre a origem da linguagem humana é que as palavras surgiram da tentativa de imitar os sons produzidos pelos animais e os sons da natureza circundante. Essa teoria é conhecida como teoria onomatopaica. Outra possibilidade proposta, muito semelhante à explicação onomatopaica, foi a de identificar o germe da linguagem nas interjeições. Os primeiros sons produzidos pelos seres humanos teriam sido exclamações de dor, alegria, desespero, espanto, surpresa.

Uma teoria um pouco mais elaborada sugere que o esforço muscular exagerado ou difícil e especialmente os esforços rítmicos são geralmente acompanhados por ação intermitente da glote, da língua, dos lábios e do palato mole. A alternância dos movimentos de segurar e soltar a respiração, algumas vezes fazendo as cordas vocais vibrarem, produziu a voz.

Bruna Franchetto e Yonne Leite. Origens da linguagem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004, p. 12-13 (com adaptações).

Tendo como referência o fragmento de texto anterior, suas ideias e seus aspectos linguísticos, julgue o item seguinte.

Os termos “às mais inusitadas divagações e propostas fantasiosas” (segundo período do primeiro parágrafo) e “à explicação onomatopaica” (quinto período do primeiro parágrafo) desempenham diferentes funções sintáticas no texto.

Comentário rápido

Nos dois casos, há complementos nominais.

Comentário longo

Duas frases devem ser analisadas. O enunciado pede para analisarmos a função sintática do que está sublinhado abaixo.

FRASE #1

Isso tornou o tema sujeito às mais inusitadas divagações e propostas fantasiosas.

  • “às mais inusitadas divagações e propostas fantasiosas” relaciona-se à palavra “sujeito”, que é um substantivo abstrato.
  • “às mais inusitadas divagações e propostas fantasiosas” recebem a ação de estarem sujeitas.
  • recebe a ação → caráter “paciente”

Vamos verificar na frase tudo o que é necessário para identificarmos um complemento nominal:

  • É relacionado a um substantivo abstrato, a um adjetivo ou a um advérbio (VERIFICADO → a referência é ao substantivo ‘sujeito’)
  • Quando relacionado a um substantivo, esse substantivo só pode ser abstrato. (VERIFICADO → o substantivo ‘sujeito’ é abstrato)
  • Recebe a ação → caráter “paciente” (VERIFICADO)

Sendo assim, na frase #1 o termo sublinhado é um complemento nominal.

FRASE #2

Outra possibilidade proposta, muito semelhante à explicação onomatopaica, (…)

  • “às mais inusitadas divagações e propostas fantasiosas” relaciona-se à palavra “semelhante”, que é um adjetivo (qualifica o substantivo ‘possibilidade’).

Daqui, já é possível identificar o termo sublinhado como complemento nominal, pois nenhum adjunto adnominal vai se referir a adjetivos, mas apenas a substantivos.

Sendo assim, na frase #2 o termo sublinhado é um complemento nominal.

Qual é a diferença entre complemento nominal e adjunto adnominal?

Essa aqui confunde muita gente BOA. Há pessoas que simplesmente desistem do assunto e que, por isso, correm o risco de perder um ponto importante na prova.

Este assunto, entretanto, não é difícil de compreender… só é difícil de ser lembrado.

Adjunto adnominal

  • Está junto, junto, juntinho ao nome (substantivo)
  • É relacionado a um substantivo concreto ou abstrato.
  • Pratica a ação → caráter “agente”
  • Indica posse
  • Pode ou não ser precedido de preposição

Exemplo:

  • O corajoso Frodo, portador do anel poderoso, iniciou sua longa jornada até a Montanha da Perdição.
    • A palavra “corajoso” se relaciona a Frodo, que é um substantivo concreto (todo nome próprio é substantivo concreto). Como complementos nominais não se relacionam a substantivos concretos, temos aqui um adjunto adnominal.

Complemento nominal

  • É relacionado a um substantivo abstrato, a um adjetivo ou a um advérbio
  • Quando relacionado a um substantivo, esse substantivo só pode ser abstrato.
  • Recebe a ação → caráter “paciente”
  • Nunca indica posse
  • SEMPRE é precedido de preposição

Exemplo:

  • Meus amigos Frodo e Sam enfrentam muitos perigos.
    • A palavra “perigos” se refere à palavra “muitos”, que é um advérbio. Logo, a palavra “perigos” é um complemento nominal.
Adjunto adnominal vs complemento nominal-01
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