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Qual a diferença entre o “poisconclusivo e o explicativo?

Pois Explicativo

  • Função: Inicia uma oração e justifica a ação mencionada anteriormente.
  • Estrutura: Geralmente vem após a oração que está justificando.
  • Exemplo com personagens de Game of Thrones:
    • Tyrion Lannister foi condenado, pois ele sabia demais sobre os segredos da corte.
      • Aqui, o "pois" é usado para explicar o motivo pelo qual Tyrion foi condenado.

Pois Conclusivo

  • Função: Usado depois do verbo, geralmente deslocado entre vírgulas, para indicar uma conclusão ou inferência.
  • Estrutura: Pode vir no meio ou no final da frase, separado por vírgulas.
  • Exemplo com personagens de Game of Thrones:
    • Jon Snow é um bom guerreiro e lutará, pois, na linha de frente.
      • Neste caso, o "pois" introduz uma conclusão derivada das habilidades de Jon Snow.

Pois-01

Caiu na prova

Cespe / Cebraspe
Técnico
INSS
2022

Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demandam serviços de cuidado. De acordo com o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões de pessoas em 2030 — há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas configurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar seus sistemas de atenção a populações vulneráveis. Partindo desse panorama, as sociólogas Nadya Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisas Sociológicas e Políticas de Paris, na França, identificaram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis de dependência, como crianças, idosos e pessoas com deficiência. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em outras, a atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias representa o aspecto mais marcante.

 

Conforme definição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia, antropologia, psicologia e filosofia política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo. Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de forma mais intensa, sobre as mulheres.

 

Ao refletir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.

 

Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento, expansão de políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.

 

Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas quais mulheres desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e pessoas com deficiência. Para a minoria que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que compensam a escassa presença do Estado.

 

Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP. Ed. 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa.fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).

Acerca de aspectos semânticos e sintáticos do texto CB1A1, julgue o item que se segue.

 

Seria preservada a coerência das ideias do texto se, no segundo parágrafo, a expressão “na medida em que” fosse substituída pelo vocábulo pois.

Comentário rápido

Esta questão é massa.

“Na medida em que” é uma conjunção causal.

O “pois”, neste caso, alteraria o sentido. No texto fornecido, a palavra “pois” é utilizada como uma conjunção explicativa. As conjunções explicativas são usadas para introduzir uma explicação ou uma justificativa para a afirmação que foi feita anteriormente.

No caso deste texto, “pois” introduz a razão pela qual o trabalho de cuidado é visto como fundamental, explicando que isso se deve à possibilidade de qualquer pessoa se tornar dependente em algum momento da vida.

Por que, então, a questão está certa?

Porque o texto tem preservada sua coerência! O texto continua tendo lógica.

Veja o enunciado: “Seria preservada a coerência das ideias do texto (…)”

Qual a diferença entre o “poisconclusivo e o explicativo?

Pois Explicativo

  • Função: Inicia uma oração e justifica a ação mencionada anteriormente.
  • Estrutura: Geralmente vem após a oração que está justificando.
  • Exemplo com personagens de Game of Thrones:
    • Tyrion Lannister foi condenado, pois ele sabia demais sobre os segredos da corte.
      • Aqui, o "pois" é usado para explicar o motivo pelo qual Tyrion foi condenado.

Pois Conclusivo

  • Função: Usado depois do verbo, geralmente deslocado entre vírgulas, para indicar uma conclusão ou inferência.
  • Estrutura: Pode vir no meio ou no final da frase, separado por vírgulas.
  • Exemplo com personagens de Game of Thrones:
    • Jon Snow é um bom guerreiro e lutará, pois, na linha de frente.
      • Neste caso, o "pois" introduz uma conclusão derivada das habilidades de Jon Snow.

Pois-01

Qual é a diferença entre coerência e coesão?

  • Coerência
    • Relacionada à lógica interna e à conexão entre as ideias do texto.
    • Envolve a organização das ideias de maneira compreensível e lógica.
    • Depende do conhecimento de mundo do leitor e da interpretação das intenções do autor.
    • Exemplo:
      • Um texto argumentativo com uma sequência lógica (introdução, desenvolvimento, conclusão) que mantém o foco na tese apresentada.

  • Coesão
    • Refere-se ao uso de elementos linguísticos que conectam palavras, frases, parágrafos.
    • Inclui conjunções, pronomes, sinônimos, entre outros recursos para garantir fluidez.
    • Ajuda a evitar repetições desnecessárias e torna o texto mais agradável.
    • Exemplo:
      • Uso de pronomes para evitar repetição de nomes e conjunções para conectar ideias de forma lógica.

Coerência e coesão-01
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