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O que é relação causa/efeito exagerada?

  • Relação de Causa/Efeito Exagerada:
    • Estabelece uma conexão direta e desproporcional entre causa e efeito.
    • Sugere que um evento é a única ou principal razão para um resultado, ignorando outros fatores.
    • Leva a conclusões simplificadas, não considerando a complexidade das situações.

Cuidado para não confundir com “simplificação exagerada”.

Na relação de causa/efeito existe… bem… uma relação de causa/efeito!

Exemplos concretos para você entender a diferença:

  • Simplificação Exagerada:
    • Ignora a multiplicidade de causas e reduz a duas alternativas.
    • Reduz questões complexas a duas opções.
    • Ignora nuances e possibilidades intermediárias.
    • Apresenta visão "preto e branco" da realidade.
    • Exemplo: "Chicó explicou que só ganharia o coração de Rosinha se tivesse dinheiro.”
  • Relação Causa/Efeito Indevida:
    • Atribui de forma indevida o resultado de um evento complexo a uma única causa.
    • Exemplo: “Chicó insiste que o motivo deles estarem sempre em apuros é porque João Grilo fala demais, ignorando que suas próprias ações também contribuem para os problemas em que se encontram.”

Relação causa efeito exagerada-01

Observação sobre a ficha de estudos…

Se eu disser que todo o problema do mundo é uma só pessoa (o Chris, neste caso, de 'Todo mundo odeia o Chris'), eu estou colocando uma causa muito pequena (o Chris) para um problema muito maior (o mundo).

Caiu na prova

FGV
Nível Superior
COSEAC UFF
2009

Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.

PSICANALISTA, POR FAVOR!

A entrevista de Nayara pelo “Fantástico”, no Dia dos Finados, confirmou o desfuncionamento do GATE no seqüestro de Eloá. Tudo indica que os policiais não têm a formação adequada para tal. E deveriam? O que entendem da subjetividade, da agressividade e da psicopatologia da vida amorosa? Dizer que se tratava de uma “crise amorosa” não é exatamente um diagnóstico (…).Opróprio seqüestrador pediu a substituição de seu interlocutor, o capitão Giovani, para não prejudicá-lo, pois ele poderia dar voz ao “diabinho”. Por que não passar imediatamente o telefone para um psicanalista? O capitão era qualificado para decidir se esse “diabinho” que falava com Lindemberg era uma simples figura de retórica ou uma alucinação? Ora, a injúria e o imperativo alucinatórios são causa freqüente de atos auto e heteroagressivos que podem levar à morte.

As equipes de resgate deveriam ter um psicanalista que as orientasse e pudesse intervir em situações limites. O diálogo que se estabelece com um sujeito visivelmente alterado na urgência não pode ter apenas como guia o senso comum ou a experiência pessoal. O próprio governador José Serra afirmara que o seqüestrador sofria durante as cem horas de terror de “oscilações entre depressão e raiva” (O GLOBO, 19/10/08). O saber do analista vai muito além, pois ele é formado na escola das paixões da alma. Lindemberg teria dito muito mais coisas, pois o analista sabe escutar e fazer as boas perguntas – permitindo ao seqüestrador falar do diabo que o seqüestra. E, assim, orientar o diálogo, tentando fazer Lindemberg passar da exaltação do ciúme-ódio para a tristeza do luto do ciúme-perda. E soltar o objeto (Eloá) que sabia já haver perdido e não se conformava.

Um psicanalista não teria permitido a volta de Nayara ao cativeiro após ter sido liberada, pois teria detectado o perigo que ela corria. O coronel Eduardo Félix justifica tê-lo feito por ela “ter uma cabeça muito boa”. Por que o senhor não chamou um psicanalista e, em vez disso, enviou uma menina de 15 anos para fazer essa função? Nayara disse ao “Fantástico” que Lindemberg achava que a mãe dela (de Nayara) era a responsável por Eloá tê-lo largado(!). Vários elementos vieram à luz cuja importância não pôde ser captada. Tudo isso são hipóteses, dirão os leitores. E têm razão. Mas deve-se tentar na prática as hipóteses advindas do saber sobre o funcionamento psíquico. O psicanalista não é onipresente, sabe do limite. A angústia em mais alto grau é o que gera desarvoramento e conseqüente perda do raciocínio lógico. Eis o que leva, muitas vezes, policiais, assaltantes e seqüestradores a passarem da palavra ao ato. E passam fogo.Um psicanalista, por favor!

(QUINET, Antônio. O GLOBO, 8/11/08, Seção OPINIÃO, 1º Caderno, p. 7.)

Erros na disposição adequada da argumentação denominam-se FALÁCIAS. Nos trechos seguintes, extraídos do 3º parágrafo, “O coronel justifica tê-lo feito por ela 'ter uma cabeça muito boa'” e “Lindemberg achava que a mãe dela (de Nayara) era a responsável por Eloá tê-lo largado”, têm-se exemplos de falácias causadas, respectivamente, por:

Comentário rápido

  • O coronel justifica tê-lo feito por ela ‘ter uma cabeça muito boa'”: Este trecho pode ser visto como uma simplificação exagerada, pois reduz a complexidade da decisão de enviar Nayara de volta ao cativeiro a uma única característica dela, ignorando outros fatores de risco e considerações importantes.
  • “Lindemberg achava que a mãe dela (de Nayara) era a responsável por Eloá tê-lo largado”: Este trecho exemplifica uma relação causa-efeito indevida, pois atribui a responsabilidade das ações de Lindemberg a uma suposta influência da mãe de Nayara, sem evidência que sustente diretamente essa conexão causal.

Comentário longo

Caso você ainda não saiba o que são os outros elementos das alternativas:

  1. Utilização de estereótipo: Consiste em atribuir características simplificadas e generalizadas a um grupo ou situação, ignorando a complexidade real.
  2. Falsa analogia: Ocorre quando se compara duas coisas que são fundamentalmente diferentes em aspectos cruciais, levando a uma conclusão errônea.
  3. Dedução falha: Chega a uma conclusão sem a devida base lógica ou evidencial que a sustente.
  4. Estatística tendenciosa: Usa dados estatísticos de maneira seletiva ou distorcida para apoiar uma conclusão, ignorando informações que poderiam contradizê-la.
  5. Generalização excessiva: Aplica uma observação específica a um grupo muito maior ou a todas as situações sem justificativa.
  6. Círculo vicioso: Argumenta com base em uma premissa que pressupõe a verdade da conclusão, sem oferecer evidência real para ela.
  7. Argumento autoritário: Baseia a conclusão na autoridade de quem fala, não na força dos argumentos ou evidências.
  8. Indução falseadora: Chega a uma generalização ampla baseada em um número insuficiente de casos específicos.

O que é relação causa/efeito exagerada?

  • Relação de Causa/Efeito Exagerada:
    • Estabelece uma conexão direta e desproporcional entre causa e efeito.
    • Sugere que um evento é a única ou principal razão para um resultado, ignorando outros fatores.
    • Leva a conclusões simplificadas, não considerando a complexidade das situações.

Cuidado para não confundir com “simplificação exagerada”.

Na relação de causa/efeito existe… bem… uma relação de causa/efeito!

Exemplos concretos para você entender a diferença:

  • Simplificação Exagerada:
    • Ignora a multiplicidade de causas e reduz a duas alternativas.
    • Reduz questões complexas a duas opções.
    • Ignora nuances e possibilidades intermediárias.
    • Apresenta visão "preto e branco" da realidade.
    • Exemplo: "Chicó explicou que só ganharia o coração de Rosinha se tivesse dinheiro.”
  • Relação Causa/Efeito Indevida:
    • Atribui de forma indevida o resultado de um evento complexo a uma única causa.
    • Exemplo: “Chicó insiste que o motivo deles estarem sempre em apuros é porque João Grilo fala demais, ignorando que suas próprias ações também contribuem para os problemas em que se encontram.”

Relação causa efeito exagerada-01

Observação sobre a ficha de estudos…

Se eu disser que todo o problema do mundo é uma só pessoa (o Chris, neste caso, de 'Todo mundo odeia o Chris'), eu estou colocando uma causa muito pequena (o Chris) para um problema muito maior (o mundo).

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