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Existe flexibilização de coisa julgada?

A coisa julgada é um princípio fundamental no sistema jurídico que garante a estabilidade e a segurança das decisões judiciais, tornando-as imutáveis e indiscutíveis após o trânsito em julgado.

Coisa Julgada e Nova Lei: Quando uma decisão judicial se torna coisa julgada, ela se baseia na lei vigente à época da decisão. Mesmo que uma nova lei seja promulgada, ela não pode alterar essa decisão já consolidada. Isso significa que a coisa julgada protege os direitos reconhecidos enquanto a lei estava em vigor, mas não impede que a nova lei se aplique a situações futuras.

Imutabilidade da Coisa Julgada: A coisa julgada torna uma decisão judicial irrecorrível, conforme o Art. 6 da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB). Isso significa que, uma vez que todos os recursos tenham sido esgotados ou o prazo para recorrer tenha expirado, a decisão não pode ser modificada.

Flexibilização da Coisa Julgada: Apesar de sua rigidez, existem situações em que a coisa julgada pode ser revista:

    • Ação Rescisória: Prevista no Código de Processo Civil (CPC), permite a revisão de uma decisão transitada em julgado em casos específicos, como erro de fato ou dolo da parte vencedora.
    • Querella Nulitatis: Trata-se de um meio para atacar decisões com vícios tão graves que as tornam inexistentes, mesmo após o trânsito em julgado.
    • Coisa Julgada Inconstitucional: Quando uma decisão viola princípios constitucionais, é possível questioná-la por meio de ação rescisória ou embargos à execução, entre outros.

Valores Constitucionais e Segurança Jurídica: Em alguns casos, valores constitucionais podem prevalecer sobre a segurança jurídica proporcionada pela coisa julgada. Por exemplo, em ações de investigação de paternidade, uma decisão baseada em uma verdade científica que foi superada pode ser reaberta para garantir a verdade real e os direitos fundamentais envolvidos.

Esses mecanismos de flexibilização demonstram que, embora a coisa julgada seja um pilar do sistema jurídico, ela não é absoluta e pode ser revista em situações excepcionais para proteger direitos fundamentais e corrigir injustiças.

Caiu na prova

FGV
Juiz
TRF 1
2023

A lei nova pode retroagir, contudo, o princípio da irretroatividade impõe certos limites à retroatividade da lei. No domínio das relações sociais – civis –, esses limites são:

Comentário longo

A) A permissão da retroatividade da lei penal menos branda ou mais gravosa ao réu:

Incorreta. No direito penal, a retroatividade da lei é permitida apenas quando beneficia o réu, ou seja, quando a nova lei é mais branda. A retroatividade de uma lei penal mais gravosa é vedada, conforme o princípio da irretroatividade da lei penal mais severa.

B) A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada:

Correta. No direito civil, o princípio da irretroatividade da lei protege o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Isso significa que uma nova lei não pode alterar essas situações jurídicas já consolidadas.

C) Crianças e adolescentes não podem ser pessoalmente responsabilizados por danos patrimoniais:

Essa opção não está relacionada ao princípio da irretroatividade da lei. Trata-se de uma questão de responsabilidade civil e proteção de menores, que é regida por normas específicas e não pelo princípio em discussão.

D) A retroatividade da lei nova se limita aos casos que envolvam direitos da personalidade:

Incorreta. A retroatividade das leis não se limita aos direitos da personalidade. Na verdade, a retroatividade é uma exceção e, em geral, as leis novas não devem retroagir, exceto em casos específicos, como no direito penal mais benéfico.

E) A lei terá eficácia geral e imediata, porém, não se aplicará contrariamente à jurisprudência dos tribunais:

Incorreta. Embora a lei tenha eficácia geral e imediata, ela não está subordinada à jurisprudência, pois a jurisprudência pode mudar com base em novas interpretações ou mudanças legislativas. Além disso, a aplicação da lei não deve contrariar direitos adquiridos, atos jurídicos perfeitos e coisa julgada, mas não há uma regra que impeça a aplicação de novas leis em desacordo com a jurisprudência existente.

Existe flexibilização de coisa julgada?

A coisa julgada é um princípio fundamental no sistema jurídico que garante a estabilidade e a segurança das decisões judiciais, tornando-as imutáveis e indiscutíveis após o trânsito em julgado.

Coisa Julgada e Nova Lei: Quando uma decisão judicial se torna coisa julgada, ela se baseia na lei vigente à época da decisão. Mesmo que uma nova lei seja promulgada, ela não pode alterar essa decisão já consolidada. Isso significa que a coisa julgada protege os direitos reconhecidos enquanto a lei estava em vigor, mas não impede que a nova lei se aplique a situações futuras.

Imutabilidade da Coisa Julgada: A coisa julgada torna uma decisão judicial irrecorrível, conforme o Art. 6 da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB). Isso significa que, uma vez que todos os recursos tenham sido esgotados ou o prazo para recorrer tenha expirado, a decisão não pode ser modificada.

Flexibilização da Coisa Julgada: Apesar de sua rigidez, existem situações em que a coisa julgada pode ser revista:

    • Ação Rescisória: Prevista no Código de Processo Civil (CPC), permite a revisão de uma decisão transitada em julgado em casos específicos, como erro de fato ou dolo da parte vencedora.
    • Querella Nulitatis: Trata-se de um meio para atacar decisões com vícios tão graves que as tornam inexistentes, mesmo após o trânsito em julgado.
    • Coisa Julgada Inconstitucional: Quando uma decisão viola princípios constitucionais, é possível questioná-la por meio de ação rescisória ou embargos à execução, entre outros.

Valores Constitucionais e Segurança Jurídica: Em alguns casos, valores constitucionais podem prevalecer sobre a segurança jurídica proporcionada pela coisa julgada. Por exemplo, em ações de investigação de paternidade, uma decisão baseada em uma verdade científica que foi superada pode ser reaberta para garantir a verdade real e os direitos fundamentais envolvidos.

Esses mecanismos de flexibilização demonstram que, embora a coisa julgada seja um pilar do sistema jurídico, ela não é absoluta e pode ser revista em situações excepcionais para proteger direitos fundamentais e corrigir injustiças.

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