Esse famoso texto de Ruy Barbosa pode ser segmentado em duas partes, como indicam as duas barras inclinadas.

Sobre essa segmentação, é correto afirmar que:

Na causa e consequência, A CONSEQUÊNCIA não existiria SEM A CAUSA.

• Isto (consequência): o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.
• Não existiria sem isto (causa): De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,

Sendo assim, o gabarito é a letra C.

Vamos uma a uma:

A – Enquanto o primeiro segmento mostra aspectos negativos, o segundo segmento mostra aspectos positivos opostos.

Comentário: Essa afirmação não é correta, pois o segundo segmento também apresenta aspectos negativos, como o desânimo da virtude e a vergonha de ser honesto. Além disso, o primeiro segmento não apresenta aspectos positivos opostos aos do segundo segmento.

B – O primeiro segmento mostra a situação política causada pelas atitudes do homem citadas no segundo segmento.

Comentário: Essa afirmação também não é correta, pois os dois segmentos se referem à mesma situação, ou seja, à deterioração da ética e da justiça na sociedade. Além disso, não existe uma “situação política” no texto.

C – O segundo segmento indica as consequências negativas das causas citadas no primeiro segmento.

Comentário: Essa afirmação está correta. O primeiro segmento descreve as causas (triunfo da desonra e da injustiça) para as consequências (o desânimo, o riso da honra e a vergonha de ser honesto).

D – O primeiro segmento apresenta várias explicações para os fatos citados no segundo segmento.

Comentário: Essa afirmação não é correta, pois a relação é de causa e consequência. Já vimos na aula de interpretação pura os elementos de uma explicação: analogias, ou visualizações, ou histórias, ou exemplos.

E – O segundo segmento enumera conclusões retiradas dos pensamentos expressos no primeiro segmento.

Comentário: Essa afirmação não é correta, pois o segundo segmento não enumera conclusões, mas sim consequências negativas das causas descritas no primeiro segmento.