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Como diferenciar um advérbio de um objeto indireto?
NÃO CONFUNDA! Objeto indireto é sempre preposicionado, certo? Ocorre que adjunto adverbial também pode ser preposicionado. Na análise textual, você tem que considerar: o que você aprende (teoria gramatical); e: o contexto. É por isso que estudamos gramática aplicada ao texto! | |
Na análise sintática, os elementos preposicionados podem ser adjunto adverbial ou objeto indireto. | |
ADJUNTO ADVERBIAL → EXEMPLOS
OBJETO INDIRETO → EXEMPLO
Observação: existir ou não a circunstância é o principal fator para conseguirmos identificar a diferença. COMO vem → advérbio de modo; de QUE LUGAR vem → advérbio de lugar; COM QUEM vem → advérbio de companhia. | |
Lembretes que estão em outros cartões: Quando é objeto indireto, o verbo é transitivo (indireto ou direto e indireto). Quando é adjunto adverbial, o verbo é intransitivo.
Adjunto adverbial ⇒ termo acessório (ele é facultativo) Objeto indireto ⇒ termo integrante (ele é obrigatório) |
Texto 6A1AAA
Está demonstrado, portanto, que o revisor errou, que se não errou confundiu, que se não confundiu imaginou, mas venha atirar-lhe a primeira pedra aquele que não tenha errado,confundido ou imaginado nunca. Errar, disse-o quem sabia, é próprio do homem, o que significa, se não é erro tomar as palavras à letra, que não seria verdadeiro homem aquele que não errasse. Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal que a todos nos absolveria de juízos coxos e opiniões mancas. Quem não sabe deve perguntar, ter essa humildade, e uma precaução tão elementar deveria tê-la sempre presente o revisor, tanto mais que nem sequer precisaria sair de sua casa, do escritório onde agora está trabalhando, pois não faltam aqui os livros que o elucidariam se tivesse tido a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que vêm os enganos piores, não da ignorância. Nestas ajoujadas estantes, milhares e milhares de páginas esperam a cintilação duma curiosidade inicial ou a firme luz que é sempre a dúvida que busca o seu próprio esclarecimento. Lancemos, enfim, a crédito do revisor ter reunido, ao longo duma vida, tantas e tão diversas fontes de informação, embora um simples olhar nos revele que estão faltando no seu tombo as tecnologias da informática, mas o dinheiro, desgraçadamente, não chega a tudo, e este ofício, é altura de dizê-lo, inclui-se entre os mais mal pagos do orbe. Um dia, mas Alá é maior, qualquer corrector de livros terá ao seu dispor um terminal de computador que o manterá ligado, noite e dia, umbilicalmente, ao banco central de dados, não tendo ele, e nós, mais que desejar que entre esses dados do saber total não se tenha insinuado, como o diabo no convento, o erro tentador.
Seja como for, enquanto não chega esse dia, os livros estão aqui, como uma galáxia pulsante, e as palavras, dentro deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera do olhar que as irá fixar num sentido ou nelas procurará o sentido novo, porque assim como vão variando as explicações do universo, também a sentença que antes parecera imutável para todo o sempre oferece subitamente outra interpretação, a possibilidade duma contradição latente, a evidência do seu erro próprio .Aqui, neste escritório onde a verdade não pode ser mais do que uma cara sobreposta às infinitas máscaras variantes, estão os costumados dicionários da língua e vocabulários, os Morais e Aurélios, os Morenos e Torrinhas, algumas gramáticas, o Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício […].
José Saramago. História do cerco de Lisboa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 25-6.
Com relação à variação linguística bem como aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto 6A1AAA, julgue o item.
O vocábulo “daí” e a expressão “da ignorância” exercem a mesma função sintática no período em que ocorrem.
A questão pede para analisarmos a função sintática do vocábulo “daí” e da expressão “da ignorância” no texto de José Saramago, com base na diferenciação entre objeto indireto e adjunto adverbial, conforme as dicas fornecidas.
Análise do Texto:
A dúvida que fica: por que “daí” e “da ignorância” não são objeto indireto?
Para responder a essa dúvida, vou colocar as frases na ordem direta para fazer a análise com tranquilidade:
Frase 1)
Os enganos piores vêm da falta de sageza e prudência.
Frase 2)
Os enganos piores não vêm da ignorância.
→ Principal dica: tente colocar um advérbio no lugar daquilo que se refere ao verbo:
Frase 1)
Os enganos piores vêm silenciosamente.
Frase 2)
Os enganos piores não vêm aleatoriamente.
Perceba que as frases continuam parecendo COMPLETAS! Perfeito: o verbo é intransitivo, e temos aí um advérbio, que sempre será adjunto adverbial na análise sintática.
Como diferenciar um advérbio de um objeto indireto?
NÃO CONFUNDA! Objeto indireto é sempre preposicionado, certo? Ocorre que adjunto adverbial também pode ser preposicionado. Na análise textual, você tem que considerar: o que você aprende (teoria gramatical); e: o contexto. É por isso que estudamos gramática aplicada ao texto! | |
Na análise sintática, os elementos preposicionados podem ser adjunto adverbial ou objeto indireto. | |
ADJUNTO ADVERBIAL → EXEMPLOS
OBJETO INDIRETO → EXEMPLO
Observação: existir ou não a circunstância é o principal fator para conseguirmos identificar a diferença. COMO vem → advérbio de modo; de QUE LUGAR vem → advérbio de lugar; COM QUEM vem → advérbio de companhia. | |
Lembretes que estão em outros cartões: Quando é objeto indireto, o verbo é transitivo (indireto ou direto e indireto). Quando é adjunto adverbial, o verbo é intransitivo.
Adjunto adverbial ⇒ termo acessório (ele é facultativo) Objeto indireto ⇒ termo integrante (ele é obrigatório) |
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