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Como diferenciar o “se índice de indeterminação do sujeito e o “sepronome apassivador?

No pronome apassivador (PA), há um verbo transitivo direito ou um verbo transitivo direto e indireto.

PA → VTD / VTDI

Façamos um exercício:

  • Compravam-se sapos de chocolate. ⇒ O verbo “comprar” é transitivo direto, certo?
  • Então, o “se” é um pronome apassivador.

No índice de indeterminação do sujeito (IIS), há um verbo intransitivo, um verbo transitivo indireto, ou um verbo de ligação.

IIS → VI / VTI / VL

Gastava-se com sapos de chocolate. ⇒ O verbo “gastar” é transitivo indireto, certo? A preposição “com” está ali para confirmar que sim.

  • Então, o “se” é um índice de indeterminação do sujeito.

Funções do SE – PA e IIS-01

Caiu na prova

FGV
Juiz Leigo
TJ-BA
2023
Matéria: Gramática

Estudo revela novo alvo para busca de terapias contra doença de Parkinson [fragmento]

Experimentos com camundongos feitos na USP mostraram que a micróglia, um tipo de célula imunológica presente no sistema nervoso central, ajuda a limitar a perda de neurônios

Agência Fapesp Estudo conduzido no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) revelou um possível mecanismo protetor contra a doença de Parkinson.

Em camundongos, foi observado que a micróglia, um tipo de célula imunológica do sistema nervoso que compõe a chamada glia – conjunto diversificado de células que dá suporte ao funcionamento dos neurônios – pode limitar a perda de capacidade motora e a morte neuronal.

Todos os testes foram conduzidos em animais que receberam 6-hidroxidopamina, uma toxina indutora de sintomas semelhantes aos da doença de Parkinson, aplicada diretamente no cérebro. Antes, metade dos animais teve as micróglias praticamente eliminadas por uma substância, chamada PLX5622. O grupo que manteve essas células registrou perdas menos significativas de neurônios e de movimento quando comparado aos demais roedores.

“Esses resultados sugerem um possível alvo para o tratamento da doença no futuro, quando descobrirmos mecanismos capazes de ativar a micróglia de maneira benéfica”, disse a doutoranda Carolina Parga à assessoria de imprensa do ICB-USP. Ela é primeira autora de um artigo publicado no Journal of Neuroimmunology.

[…]

A descoberta contradiz o que os próprios pesquisadores do ICB e outros estudiosos da área haviam visto anteriormente sobre essas células. Até então acreditava-se o contrário, pois, quando elas eram bloqueadas por fármacos, os sintomas do Parkinson eram mitigados.

“A hipótese mais provável para explicar essa diferença nos resultados é a atuação dos dois fenótipos da micróglia, algo já identificado anteriormente na literatura científica. Uma característica, a positiva, que protege contra a perda neuronal, talvez se manifeste no início da doença, e a outra característica, a negativa, que impulsiona essa perda neuronal, vai predominando à medida que a doença vai evoluindo; o mesmo pode ocorrer em outras doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e algumas formas de epilepsia”, detalha Luiz Roberto Giorgetti de Britto, coordenador do estudo pelo Laboratório de Neurobiologia Celular do ICB. […]

“Isso reforça a importância de desenvolvermos formas de diagnósticos mais assertivas para as doenças neurodegenerativas, para assim chegarmos a soluções terapêuticas. Pois trata-se de doenças que podem estar ativas durante décadas antes do diagnóstico, que em geral se dá só após a manifestação de sintomas, mas sendo mitigadas pela micróglia e outros mecanismos”, complementa.

MUDANÇAS GENÉTICAS

No estudo também foram identificados dois genes que podem estar relacionados à doença de Parkinson. Esses genes apresentavam menor expressão apenas nos grupos em que as micróglias foram eliminadas.

“São dois genes relacionados à transmissão por dopamina [substância que influencia nossas emoções, aprendizado e locomoção, além de outras funções] entre alguns grupos de neurônios do sistema nervoso, o que sugere que a micróglia pode ser responsável pela modulação da expressão de genes que atuam nesses processos. Isso ajuda a explicar como a sua ausência resulta na perda de neurônios, o que causa a diminuição de dopamina, o fator responsável pelas alterações motoras”, aponta Parga.

Esse conhecimento é promissor principalmente para a pequena parcela de casos de Parkinson e Alzheimer que tem causas genéticas, um total de 5% a 7% dos diagnósticos. “Conhecendo melhor o comportamento desses genes talvez possamos, no futuro, antecipar o diagnóstico da doença, além de propor terapias que consistem na manipulação deles”, afirma Britto.

O Laboratório de Neurobiologia Celular agora se aprofunda nos resultados obtidos e nas hipóteses levantadas e também estuda as possíveis implicações da micróglia em modelos animais da doença de Alzheimer.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br

/ciencia/2023/06/estudo-revela-novo-alvo-para-a-busca-de-terapias-contra-a-doenca-de-parkinson.shtml

“Até então acreditava-se o contrário, pois, quando elas eram bloqueadas por fármacos, os sintomas do Parkinson eram mitigados.” (Texto 1)

A frase em que a partícula “se” serve à mesma função comunicativa do “se” presente na passagem acima é:

Selecione uma alternativa.

Dentre os presentes, cerca de 20% se animaram com o plano descrito pelo anfitrião.

Dentre os presentes, cerca de 20% se animaram com o plano descrito pelo anfitrião.

Dentre os presentes, cerca de 20% se animaram com o plano descrito pelo anfitrião.

Dentre os presentes, cerca de 20% se animaram com o plano descrito pelo anfitrião.

Você não vai se arrepender de ter tentado.

Você não vai se arrepender de ter tentado.

Você não vai se arrepender de ter tentado.

Você não vai se arrepender de ter tentado.

Desta vez, eles se viram muito rapidamente.

Desta vez, eles se viram muito rapidamente.

Desta vez, eles se viram muito rapidamente.

Desta vez, eles se viram muito rapidamente.

Depois que Marcelo se acabou de chorar é que eu entendi o tamanho do problema.

Depois que Marcelo se acabou de chorar é que eu entendi o tamanho do problema.

Depois que Marcelo se acabou de chorar é que eu entendi o tamanho do problema.

Depois que Marcelo se acabou de chorar é que eu entendi o tamanho do problema.

Aqui, sempre se procede a uma fiscalização rigorosa no início da semana.

Aqui, sempre se procede a uma fiscalização rigorosa no início da semana.

Aqui, sempre se procede a uma fiscalização rigorosa no início da semana.

Aqui, sempre se procede a uma fiscalização rigorosa no início da semana.

Parabéns, você acertou! → Gabarito: Letra E.

Que pena, você errou... → Gabarito: Letra E.

Comentário longo

Prepare-se para o comentário-aula! Simbora!

Temos que analisar a parte do texto indicada:

“Até então acreditava-se o contrário, pois, quando elas eram bloqueadas por fármacos, os sintomas do Parkinson eram mitigados.” (Texto 1)

Temos que saber se é um índice de indeterminação do sujeito ou se é um pronome apassivador.

Se o verbo for transitivo direto ou se for transitivo direto e indireto, será pronome apassivador.

Se o verbo for transitivo indireto, se for intransitivo, ou se for verbo de ligação, será índice de indeterminação do sujeito.

Quem acredita → acredita em alguma coisa.

EM é uma preposição! → logo, verbo transitivo indireto.

Mas, Carol, no texto original está escrito “o contrário”, e não ”no contrário”.

Sim! O autor do texto não colocou a preposição.

Você tem que se importar com a semântica do verbo nesse tipo de questão. Se você olhar para a preposição (ou falta dela), não vai compreender se o verbo é transitivo, intransitivo, de ligação etc. Olhe para O VERBO.

Como é um verbo transitivo indireto, temos um índice de indeterminação do sujeito.

Agora que identificamos o texto ao qual o enunciado se refere, verifiquemos as alternativas.

A) Dentre os presentes, cerca de 20% se animaram com o plano descrito pelo anfitrião.

→ Sujeito: cerca de 20% dos presentes. Logo, não é índice de indeterminação do sujeito.

→ A frase está na voz ativa. Logo, não é partícula apassivadora.

O que pode ser?

→ Pronome reflexivo ou parte integrante do verbo.

→ Para saber, basta colocar a Hermione no lugar do se! Se a frase fizer sentido, é um pronome reflexivo. Se não fizer, é uma parte integrante do verbo.

Dentre os presentes, cerca de 20% animaram Hermione com o plano descrito pelo anfitrião.

Fez sentido!

→ Temos, então, um pronome reflexivo!

B) Você não vai se arrepender de ter tentado.

→ Sujeito: você. Logo, não é índice de indeterminação do sujeito.

→ A frase está na voz ativa. Logo, não é partícula apassivadora.

O que pode ser?

→ Pronome reflexivo ou parte integrante do verbo.

→ Para saber, basta colocar a Hermione no lugar do se! Se a frase fizer sentido, é um pronome reflexivo. Se não fizer, é uma parte integrante do verbo.

Você não vai arrepender Hermione de ter tentado.

Não fez sentido!

→ Temos, então, uma parte integrante do verbo!

C) Desta vez, eles se viram muito rapidamente.

→ Sujeito: eles. Logo, não é índice de indeterminação do sujeito.

→ A frase está na voz ativa. Logo, não é partícula apassivadora.

O que pode ser?

→ Pronome reflexivo ou parte integrante do verbo.

→ Para saber, basta colocar a Hermione no lugar do se! Se a frase fizer sentido, é um pronome reflexivo. Se não fizer, é uma parte integrante do verbo.

Desta vez, eles viram Hermione muito rapidamente.

Fez sentido!

→ Temos, então, um pronome reflexivo!

D) Depois que Marcelo se acabou de chorar é que eu entendi o tamanho do problema.

→ Sujeito: Marcelo. Logo, não é índice de indeterminação do sujeito.

→ A frase está na voz ativa. Logo, não é partícula apassivadora.

O que pode ser?

→ Pronome reflexivo ou parte integrante do verbo.

→ Para saber, basta colocar a Hermione no lugar do se! Se a frase fizer sentido, é um pronome reflexivo. Se não fizer, é uma parte integrante do verbo.

Depois que Marcelo acabou Hermione de chorar é que eu entendi o tamanho do problema.

Não fez sentido!

→ Temos, então, uma parte integrante do verbo!

E) Aqui, sempre se procede a uma fiscalização rigorosa no início da semana.

Opaaaaa!

Não dá para identificar o sujeito logo de cara.

→ Então temos que verificar se é um pronome apassivador ou um índice de indeterminação do sujeito.

→ Se o verbo for transitivo direto ou se for transitivo direto e indireto, será pronome apassivador.

→ Se o verbo for transitivo indireto, se for intransitivo, ou se for verbo de ligação, será índice de indeterminação do sujeito.

Quem procede → procede a alguma coisa.

→ Temos, então, um índice de indeterminação do sujeito!

Como diferenciar o “se índice de indeterminação do sujeito e o “sepronome apassivador?

No pronome apassivador (PA), há um verbo transitivo direito ou um verbo transitivo direto e indireto.

PA → VTD / VTDI

Façamos um exercício:

  • Compravam-se sapos de chocolate. ⇒ O verbo “comprar” é transitivo direto, certo?
  • Então, o “se” é um pronome apassivador.

No índice de indeterminação do sujeito (IIS), há um verbo intransitivo, um verbo transitivo indireto, ou um verbo de ligação.

IIS → VI / VTI / VL

Gastava-se com sapos de chocolate. ⇒ O verbo “gastar” é transitivo indireto, certo? A preposição “com” está ali para confirmar que sim.

  • Então, o “se” é um índice de indeterminação do sujeito.

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