Você está na matéria de

Com quais tipos de pronome não se pode iniciar uma oração?

Pronomes oblíquos não podem iniciar orações.

Eu sei, eu sei… o mais comum é que as pessoas iniciem a frase com “me”.

Vamos pegar como exemplo uma música da eterna Marília Mendonça:

  • Me ame mais

O “me” está errado! Isso é erro de colocação pronominal. Mas ficaria estranho colocar “ame-me mais”, né Marilinha? Correto! Mas estranho…

Pronomes Oblíquos Átonos (sem preposição)

  • 1ª pessoa do singular: me
  • 2ª pessoa do singular (informal): te
  • 3ª pessoa do singular: o, a, lhe
  • 1ª pessoa do plural: nos
  • 2ª pessoa do plural (informal): vos
  • 3ª pessoa do plural: os, as, lhes

Pronomes Oblíquos Tônicos (com preposição)

  • 1ª pessoa do singular: mim, comigo
  • 2ª pessoa do singular (informal): ti, contigo
  • 3ª pessoa do singular: ele, ela, si, consigo
  • 1ª pessoa do plural: nós, conosco
  • 2ª pessoa do plural (informal): vós, convosco
  • 3ª pessoa do plural: eles, elas, si, consigo
Pronome oblíquo não pode iniciar orações-01

Caiu na prova

FGV
Analista
IBGE
2016

Texto – A eficácia das palavras certas

 

Havia um cego sentado numa calçada em Paris. A seus pés, um boné e um cartaz em madeira escrito com giz branco gritava: “Por favor, ajude-me. Sou cego”. Um publicitário da área de criação, que passava em frente a ele, parou e viu umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz e com o giz escreveu outro conceito. Colocou o pedaço de madeira aos pés do cego e foi embora.

 

Ao cair da tarde, o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmola. Seu boné, agora, estava cheio de notas e moedas. O cego reconheceu as pegadas do publicitário e perguntou se havia sido ele quem reescrevera o cartaz, sobretudo querendo saber o que ele havia escrito.

 

O publicitário respondeu: “Nada que não esteja de acordo com o conceito original, mas com outras palavras”. E, sorrindo, continuou o seu caminho. O cego nunca soube o que estava escrito, mas seu novo cartaz dizia: “Hoje é primavera em Paris e eu não posso vê-la”.

 

(Produção de Texto, Maria Luíza M. Abaurre e Maria Bernadete M. Abaurre)

“Por favor, ajude-me. Sou cego”; reescrevendo as duas frases em uma só, de forma correta e respeitando-se o sentido original, a estrutura adequada é:

Comentário rápido

Acredito que a escolha correta se concentre entre as alternativas B e C, uma vez que ambas apresentam uma justificativa para o ato de ajudar baseando-se na condição de cegueira do indivíduo.

No entanto, é importante destacar um detalhe técnico na opção B relacionado à norma padrão da língua portuguesa: a colocação do pronome oblíquo átono no início da frase. Segundo as regras gramaticais, essa estrutura é considerada inadequada.

A opção B inicia com o pronome “Me”, o que desafia as regras de colocação pronominal em contextos formais escritos.

Comentário longo

Eu acho essa questão linda!

Vamos lá.

Texto Original:

  • Frase do cego: “Por favor, ajude-me. Sou cego”.

Alternativas:

A) Embora seja cego, por favor, ajude-me;

  • Análise: A conjunção “embora” introduz uma ideia de concessão, o que pode sugerir que, apesar de ser cego, não seria uma razão para ajudar. Isso distorce um pouco o sentido original de solicitar ajuda devido à sua condição de cegueira.

B) Me ajude, por favor, pois sou cego;

  • Análise: Esta opção mantém o pedido de ajuda diretamente ligado à condição de cegueira do indivíduo, usando a conjunção “pois” para explicar a razão da solicitação. Essa estrutura respeita o sentido original, apresentando uma causa direta para o pedido de ajuda.
  • O PROBLEMA: a colocação pronominal está errada. Pronomes oblíquos não podem iniciar orações. Como o enunciado pede para atender à estrutura gramatical, esta alternativa está errada.

C) Ajude-me já que sou cego, por favor;

  • Análise: Similar à opção B, “já que” introduz uma justificativa para o pedido de ajuda, mantendo-se fiel ao sentido original. Como não há erro gramatical na alternativa, ela é o gabarito.

D) Por favor, ainda que seja cego, ajude-me;

  • Análise: A expressão “ainda que” é mais uma conjunção concessiva, assim como “embora”. Isso pode implicar que, apesar da cegueira, espera-se ajuda, o que pode levar a uma interpretação ligeiramente distorcida do pedido original.

E) Ajude-me, por favor, contanto que sou cego.

  • Análise: A expressão “contanto que” não é apropriada neste contexto, pois geralmente é usada para estabelecer uma condição, não uma justificativa ou razão. Isso torna a frase confusa e não respeita o sentido original.

Com quais tipos de pronome não se pode iniciar uma oração?

Pronomes oblíquos não podem iniciar orações.

Eu sei, eu sei… o mais comum é que as pessoas iniciem a frase com “me”.

Vamos pegar como exemplo uma música da eterna Marília Mendonça:

  • Me ame mais

O “me” está errado! Isso é erro de colocação pronominal. Mas ficaria estranho colocar “ame-me mais”, né Marilinha? Correto! Mas estranho…

Pronomes Oblíquos Átonos (sem preposição)

  • 1ª pessoa do singular: me
  • 2ª pessoa do singular (informal): te
  • 3ª pessoa do singular: o, a, lhe
  • 1ª pessoa do plural: nos
  • 2ª pessoa do plural (informal): vos
  • 3ª pessoa do plural: os, as, lhes

Pronomes Oblíquos Tônicos (com preposição)

  • 1ª pessoa do singular: mim, comigo
  • 2ª pessoa do singular (informal): ti, contigo
  • 3ª pessoa do singular: ele, ela, si, consigo
  • 1ª pessoa do plural: nós, conosco
  • 2ª pessoa do plural (informal): vós, convosco
  • 3ª pessoa do plural: eles, elas, si, consigo
Pronome oblíquo não pode iniciar orações-01
A discussão ainda não começou.

Faça sua pré-matrícula:

plugins premium WordPress