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Como é o uso do “se” quando em oração subordinada causal?

Definição e Função:

  • O "se" atua como uma conjunção subordinativa adverbial causal.
  • Sua principal função é iniciar uma oração subordinada que expressa a causa ou motivo de uma ação ou estado expresso na oração principal.

Exemplo Prático:

  • Frase Original: "Se deseja passar no concurso, então deverá estudar todos os dias."
    • Neste caso, o "se" introduz a causa para a necessidade de estudar todos os dias: o desejo de passar no concurso.
  • Com Equivalência: "Já que deseja passar no concurso, então deverá estudar todos os dias."
    • A substituição por "já que" mantém o sentido causal, indicando que a motivação para estudar todos os dias é o desejo de aprovação no concurso.

NÃO CONFUNDA

O “se” causal não tem valor de condição.

Muitas questões de análise sintática você acerta olhando para o verbo.

Para acertar:

  • “Se” como conjunção causal
    1. o verbo estará no indicativo
      1. “Se deseja passar no concurso, deverá estudar todos os dias.”
    2. pode ser trocado por “já que”
  • “Se” como conjunção condicional
    1. o verbo estará no subjuntivo
      1. “Se quiser entrar para o TCU, deverá estudar todos os dias.”
    2. pode ser trocado por “caso”

Caiu na prova

FGV
Técnico
ALEMA
2023

Assinale a frase em que o vocábulo SE está corretamente identificado.

Comentário rápido

A única opção que mostra corretamente qual é a função da partícula “se” é a da letra C.

Veja o texto:

C) Felicidade é ter uma família grande, amorosa, cuidadosa, que se preocupa com você, só que em outra cidade; / parte integrante do verbo.

Dá para colocar a Hermione?

“(…) que preocupa Hermione com você”

Não dá!

Sendo assim, não se trata de um pronome reflexivo (que é o que geralmente gera a dúvida com parte integrante do verbo).

Comentário longo

Vejamos as demais alternativas!

  • A) Se hoje não nos sentimos alegres, até quando esperaremos? / conjunção condicional.
    • Incorreto: A função de “se” aqui é causal, não condicional. A frase sugere uma causa para a espera, não uma condição.
    • 1) perceba que o verbo está no modo indicativo.
    • 2) perceba que é possível trocar pela expressão “já que”
  • B) O sorriso é o telégrafo sem fio com que a alma enamorada se confessa; / pronome recíproco.
    • Incorreto: “Se” é parte integrante do verbo “confessar-se”.
    • Veja que não dá para colocar a Hermione (fica sem sentido):
      • O sorriso é o telégrafo sem fio com que a alma enamorada confessa Hermione.
  • D) Faça-se justiça, ainda que o mundo pereça / pronome indeterminador do sujeito.
    • Incorreto: Aqui, o “se” funciona como partícula apassivadora, formando a voz passiva sintética.
      • “Faça-se justiça” é um imperativo na voz passiva sintética, ou seja, o agente não é explicitado (o que é comum em expressões que denotam ordens ou desejos).Na voz passiva analítica, a estrutura típica envolve o verbo ser + particípio do verbo principal + pelo(a) + agente da passiva (quando expresso).
      • No caso de “Faça-se justiça”, como o agente da ação não é mencionado, a conversão direta para a voz passiva analítica mantém esse agente implícito.
      • Ainda assim, para fins de exercício, podemos elaborar uma forma de colocar na passiva analítica:
        • “Que a justiça seja feita.”
  • E) Já sabes que crer-se feliz não é suficiente para sê-lo / pronome apassivador.
    • Incorreto: sabemos que não é um pronome apassivador, porque neste caso o verbo “crer” não é verbo transitivo direto. Além disso, se você perguntar ao verbo “Quem crê?”, o que você vai responder? “Feliz crê”? Não!
    • Neste caso, o “se” é, em primeira instância, um índice de indeterminação do sujeito, mas também tem um certo valor pronominal. E agora?
    • A análise da função do “se” na frase “Já sabes que crer-se feliz não é suficiente para sê-lo” revela uma complexidade que pode ser interpretada sob duas perspectivas principais: como índice de indeterminação do sujeito e como elemento com valor pronominal reflexivo. Vamos detalhar ambas as funções para esclarecer essa dualidade:

      Índice de Indeterminação do Sujeito

      • Definição: Quando o “se” funciona como índice de indeterminação do sujeito, ele é usado com verbos na terceira pessoa do singular ou plural e não se refere a nenhum sujeito específico, tornando a ação expressa pelo verbo aplicável de forma geral, sem um agente definido.
      • Aplicação na frase: Neste contexto, poderia parecer que o “se” indetermina o sujeito, sugerindo que a ação de “crer” não está vinculada a um sujeito específico, aplicando-se a qualquer um.

      Valor Pronominal Reflexivo

      • Definição: O “se” tem valor pronominal reflexivo quando indica que a ação do verbo recai sobre o próprio sujeito que a executa. Ou seja, o sujeito e o objeto da ação são o mesmo.
      • Aplicação na frase: Considerando “crer-se feliz” sob essa ótica, o “se” poderia ser interpretado como um reflexo da ação de crer sobre o próprio sujeito, ou seja, o sujeito crê em sua própria felicidade.

      Análise e Conclusão

      • Contexto da frase: “Já sabes que crer-se feliz não é suficiente para sê-lo.”
      • Interpretação mais adequada:
        • A interpretação mais precisa do “se” nesta frase é como um índice de indeterminação do sujeito. Isso se deve ao fato de que a estrutura da frase não especifica um sujeito para a ação de “crer”, aplicando-se de forma geral a qualquer pessoa. A ideia expressa é que não é suficiente qualquer pessoa acreditar-se feliz para que realmente seja feliz, sem especificar quem realiza a ação de crer.
      • Considerações adicionais:
        • Embora a interpretação reflexiva possa parecer aplicável, a mensagem central da frase e a construção “crer-se feliz” tendem a favorecer a leitura do “se” como índice de indeterminação do sujeito, dada a generalidade e a universalidade da afirmação.

Como é o uso do “se” quando em oração subordinada causal?

Definição e Função:

  • O "se" atua como uma conjunção subordinativa adverbial causal.
  • Sua principal função é iniciar uma oração subordinada que expressa a causa ou motivo de uma ação ou estado expresso na oração principal.

Exemplo Prático:

  • Frase Original: "Se deseja passar no concurso, então deverá estudar todos os dias."
    • Neste caso, o "se" introduz a causa para a necessidade de estudar todos os dias: o desejo de passar no concurso.
  • Com Equivalência: "Já que deseja passar no concurso, então deverá estudar todos os dias."
    • A substituição por "já que" mantém o sentido causal, indicando que a motivação para estudar todos os dias é o desejo de aprovação no concurso.

NÃO CONFUNDA

O “se” causal não tem valor de condição.

Muitas questões de análise sintática você acerta olhando para o verbo.

Para acertar:

  • “Se” como conjunção causal
    1. o verbo estará no indicativo
      1. “Se deseja passar no concurso, deverá estudar todos os dias.”
    2. pode ser trocado por “já que”
  • “Se” como conjunção condicional
    1. o verbo estará no subjuntivo
      1. “Se quiser entrar para o TCU, deverá estudar todos os dias.”
    2. pode ser trocado por “caso”
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