– Carta da autora –

Carol Alvarenga

Minha vida foi transformada pela aprendizagem e educação. Fui uma péssima aluna, quase reprovei nas três diferentes escolas públicas onde estudei durante os três anos do Ensino Médio. Mesmo com meu histórico, consegui aprender a estudar e fui aprovada em 5 concursos públicos diferentes, todos eles com concorrência acima de qualquer vestibular de medicina no Brasil. Hoje, sou servidora pública no Tribunal de Contas da União (TCU). Criei o Esquemaria para ajudar outras pessoas a alcançarem a liberdade financeira e estilo de vida de servidores públicos. Abaixo, você pode ver mais detalhes sobre mim.

Minha formação

Graduada em Comunicação Social (Publicidade e propaganda). Pós-graduada em Gestão Pública.

Minha história

– Fui aluna de escola pública (estudei em 3 escolas públicas diferentes, durante o Ensino Médio)

– Venho de uma cidade do interior do DF (Brazlândia)

– Fiquei de recuperação várias vezes na escola (5ª série, 8ª série, 1º e 2º ano)

– Aprendi a estudar e passei em vários concursos públicos. Minha lista de aprovações está logo abaixo.

 

Eu e meus mentorados

Com a bagagem de aprovada em ótimos concursos e com o novo conhecimento adquirido ao longo dos anos em educação e técnicas de estudos, criei, em 2015, o meu treinamento online de como passar em concursos públicos.

Neste treinamento, incluí planos de estudos para concursos, organização de editais, técnicas de estudos, planejamento para a última semana antes da prova, plano de revisões, curso de como fazer mapas mentais, dentre outros conteúdos feitos para ajudar meus alunos a passarem em menos de um ano.

Hoje, mais de 3500 pessoas já fizeram o curso, sendo muitas delas aprovadas em concursos de alto nível.

Acredito que seja o treinamento de maior custo-benefício do Brasil. Os alunos têm contato direto comigo pela plataforma e têm acesso a aulas em vídeo e materiais de planejamento em PDF e Excel.

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Como uma recém-formada em publicidade, fã de livros de fantasia e ex-aluna de escola pública se tornou Técnica Federal de Controle Externo, no Tribunal de Contas da União (TCU), depois de ter passado em outros 4 concursos públicos?

Eu sou Carol Alvarenga. Nasci em Taguatinga, uma região administrativa de Brasília-DF, e vivi, por 14 anos, em Brazlândia (uma cidade pequena, muito pequena!). Já fiz muita coisa, na vida, e nem sempre estudei para concursos públicos. Minha formação não é típica de quem estuda para concursos.

Só que eu aprendi a estudar, aprendi a gostar de estudar e consegui alcançar uma vaga em um dos melhores órgãos da administração pública brasileira – o Tribunal de Contas da União (TCU).

Como era minha vida antes de eu entrar para o incrível mundo dos concursos

Para brincar um pouquinho com o que não se deve fazer na prova, lá vai um pleonasmo por querer: vamos começar do começo.

Esta parte é essencial para entender como cheguei ao método de estudos diferente, que é o Esquemaria.

Bem, eu sempre fui uma pessoa que é fã de várias coisas, desde criancinha. Com 8 anos, eu fazia posters de Leonardo DiCaprio e Sandy e Junior, e me divertia ouvindo a trilha sonora astrológica de Cavaleiros do Zodíaco. Com 11 anos, vi Harry Potter e a Pedra Filosofal no cinema. Um mês depois, já tinha lido os 4 livros da série e me preparava para começar a criar blogs e sites relacionados ao assunto.

Foi assim que eu aprendi, entre a infância e a adolescência, boa parte do que sei hoje, em relação a design, à criatividade e à escrita. Fazia por hobby.

O meu segundo grau todo foi feito em escolas públicas. E em três escolas públicas diferentes, uma em Brazlândia, outra no Guará e, por fim, uma em Taguatinga. Minhas notas não eram altas. Quase reprovei o primeiro ano, ficando de recuperação no número máximo de matérias que eu poderia ficar. No segundo ano, fiquei de recuperação em mais duas. E, no terceiro, finalmente consegui passar direto – mas, em muitas matérias, passei com a média mínima.

Durante o ensino médio todo, minha média mais baixa, no final do ano, foi 5, e a mais alta chegou a 6,5. Meu histórico escolar diz por si só:

Histórico escolar de Carol Alvarenga

Olha só essas notas!

Não são notas para eu me gabar, obviamente. Eu gosto de mostrar esse boletim para você entender o seguinte: para passar em concursos públicos, não é preciso ser nerd, gênio indomável ou ter nascido para estudar. Eu demorei muito até entender que era muito mais força de vontade e dedicação do que dom.

E então veio a época da faculdade.

Quando conheço pessoas novas e elas me perguntam em que sou formada, elas têm a impressão de que eu seja da área jurídica. Eu até entendo o porquê: passar em concursos requer algum conhecimento de Direito.

E a verdade é que sim, a princípio, por influência da família, comecei a faculdade de Direito. Todos estavam muito satisfeitos, menos eu. Eu acreditava que não era o que eu queria, e acabei saindo depois de três meses de estudos, ainda no primeiro semestre.

Então eu mudei para Publicidade. No primeiro semestre, ainda aos 16 anos, comecei a trabalhar em uma pequena agência de publicidade. Tudo indicava que eu me tornaria uma diretora de criação em uma grande empresa.

O meu mundo mudou quando tranquei a faculdade por um semestre, para fazer parte da equipe de trabalho de uma candidata à prefeitura de Porto Alegre. Foi um tempo de muita aprendizagem, especialmente em relação à área em que eu estava focada: design gráfico.

Isso era final de 2008. Eu tinha 19 anos.

Quando e por que decidi estudar para concursos

Voltei a Brasília entendendo uma coisa: trabalhar em agências de Publicidade não era para mim.

Não que eu tenha passado a desgostar de publicidade, não é isso. Acontece que, nas agências, eu até ganharia bem, em pouco tempo, mas o fato de trabalhar muito e durante os finais de semana já estava ficando cansativo demais. Não era saudável.

Além disso, descobri que o mundo do design gráfico é muito maior do que o mero trabalho em agências de publicidade. Eu soube que, se aplicado com inteligência, o design poderia tornar qualquer assunto muito mais didático e criativo do que era. Por mais que isso pareça óbvio hoje, não era óbvio para mim, então.

Ter trabalhado por 3 meses com um horário que ia de 7h às 23h tinha me deixado 8kg mais gorda e algumas vezes mais preguiçosa com a saúde. Somando a isso, assim que voltei à capital, meus pais estavam encurralados em uma empresa que dava só prejuízo e muito trabalho.

À meia-noite de alguns dias depois de ter voltado a Brasília, eu e um amigo ajudávamos meus pais a dobrar folders para entregar ao cliente na manhã seguinte. Disso, uma conversa corriqueira sobre trabalhar muito e não sobrar dinheiro começou, até que entramos no assunto de concursos, sem minha vontade. Suas tias ganham tão bem, dizia minha mãe. Ah, se eu tivesse estudado para concursos, lamentava meu pai. E este ano os concursos bombaram, comentou meu amigo.

Que ano louco o de 2008. Os cursinhos estavam a todo vapor, os jornais comunicavam novos editais toda semana. Havia concursos com muitas vagas para cargos interessantíssimos.

O clima, nos concursos públicos, era quente, e eu estava fria com a publicidade. Tudo estava alinhado para que eu estudasse.

No início de 2009, resolvi dar uma olhada nesse mundo, até então totalmente estranho para mim. Decidi estudar para concursos.

Mas eu não sabia nada. Não sabia o que estudar. Não sabia COMO estudar. Achava que só caía Direito. Técnicas de estudo, para mim, eram inexistentes. Não conhecia ninguém que soubesse e que pudesse me ajudar.

Nos meus primeiros meses de estudo, eu fazia errado. Não que exista a melhor maneira de estudar, ou a maneira certa. Mas eu sei qual é a maneira mais demorada: pular sem acompanhamento.

Lembro-me de pegar um monte de material de baixa qualidade na Internet, de Direito Penal, Direito do Trabalho, Direito Administrativo, Direito Empresarial. Aliás, se você é concurseiro iniciante, cuidado. Conheça o edital, veja as matérias que realmente caem).

Como o que eu pegava na internet geralmente não era material voltado para concursos públicos, eu não entendia bulhufas de como caía na prova. Eu também não fazia questões. Lia, lia, lia durante 3, 4, 5 horas. Nada.

Uma observação: estudar pela internet não é errado. Ao contrário: se não fosse esta grande rede de pessoas conectadas por computadores, duvido que estaria onde estou. O negócio é que, no início, eu não pesquisava corretamente, na web. Só isso.

Então entrei em um cursinho. Fiz aqueles cursinhos “completos”, que cobrem as matérias mais gerais de todos os concursos. Outro erro. Primeiramente, porque cada matéria não vinha com um número legal de aulas. Não faz sentido, por exemplo, ter apenas duas aulas de gestão de pessoas – não se você quer acertar muitas questões desta matéria.

Em segundo lugar, ter entrado em um cursinho assim significava que eu não tinha foco. Não sabia no que queria passar. Não conhecia os órgãos públicos suficientemente para decidir em qual queria ficar.

O cursinho me deu alguns nortes, apesar de tudo.

Comecei a estudar de uma maneira mais correta. Comecei a entender de planejamento de estudos, notei que estudar por questões era uma boa. Fui aprendendo a ter foco e disciplina.

É interessante perceber que eu sou uma pessoa bem diferente do que eu era, antes de começar a estudar para concursos públicos. Claro, houve o amadurecimento que já é natural de um ser humano – a passagem da adolescência para a vida adulta –, mas os estudos foram grandes responsáveis por essa mudança. E não entenda mudança como algo ruim. Ao contrário, mudar é muito bom. Não mudei minha essência, mas a maneira como conduzia minha vida.

Passei a entender mais o mundo. Lia o jornal e entendia o contexto por trás das notícias. Entendia qual o papel do Presidente da República, dos Ministros de Estado, dos Parlamentares, dos Juízes e Ministros do Judiciário. Minha capacidade de raciocínio ficou mais aguçada. As matérias se tornaram fáceis. Aprendi a administrar meu dinheiro e meu tempo. Minha escrita e capacidade de comunicação ficaram fantásticas.

Então acredite: estudar para concursos não vai só te fazer ganhar um dinheiro a mais no fim do mês. Nem é só a questão da estabilidade. Você realmente se torna uma pessoa melhor.

Primeiros resultados: aprovação em 7 meses, posse em um ano

Com essa nova qualidade de estudos, os resultados começaram a aparecer. Em 4 meses de estudos, meu nome apareceu no Diário Oficial do Distrito Federal, pela primeira vez (concurso do Metrô 2009).

Sete meses depois de eu ter decido a estudar, fui aprovada, dentro do número de vagas, para o concurso do Ministério da Educação.

A coisa era real!

No dia 11.1.2010, tomei posse, como Agente Administrativo do MEC.

Aprovações em concursos maiores

Confesso que, depois da minha primeira aprovação, dei uma parada nos estudos. Queria cargos melhores, mas me acomodei, por um tempo. Um grande erro, porque eu realmente não queria, não podia e não deveria ter parado.

No MEC, fui lotada na Assessoria de Comunicação Social e continuei trabalhando na minha área (Publicidade). Terminei a faculdade, no final do ano, e comecei a planejar minha primeira viagem aos Estados Unidos, um país que sempre quis conhecer, por amar cultura pop.

Viajar e conhecer novos lugares muda o jeito como você vê sua própria vida. E te muda, também. Eu voltei decidida a engatar para passar em um concurso melhor.

Como eu já sabia que tinha capacidade de conseguir algo melhor, não tive medo: pedi exoneração do MEC e voltei com força total aos estudos, no final de 2011. Não que os meus pais fossem ricos para me bancar, mas eu e eles tínhamos certeza de que eu conseguiria alcançar meu novo objetivo. O tempo em que não ganhei remuneração se tivesse ficado no MEC foi muito bem pago depois de passar no TCU.

Depois de sair do Ministério da Educação, o projeto de passar ficou sério. Dessa vez, planejei com força meus estudos. Comprei livros que ensinavam como estudar, li os depoimentos de aprovação de diversos fóruns e sites voltados para concursos. Comprei um ótimo material todo baseado em entrevistas de aprovados em grandes concursos. Enfim, tornei-me uma concurseira profissional. Aproveitei meus meses no cursinho e fiz uma pós-graduação em Gestão Pública.

Livros que Carol Alvarenga usou para estudar para concursos

Meus livros, antes de eu vender: uma bibliografia escolhida a dedo.

Naquela época, escolhi um concurso de curto prazo – do Senado Federal –, para estudar (eram menos de 3 meses até a prova). Só que este concurso cobria matérias importantíssimas para outros cargos de alto nível. Decidi correr o risco.

Meu primeiro bom resultado veio no início de 2012: fiquei em 319º lugar para Analista Legislativo, do Senado. Não que isso fosse suficiente para ser chamada (eram menos de 30 vagas, no geral), mas já era alguma coisa.

Alguns dias antes do Senado, eu tinha feito o concurso do TSE e, apesar de não ter estudado especificamente para ele, acabei ficando no cadastro de reserva, em 142.

Depois, em meados de 2012, veio o edital do TCU. Eu estava estudando para a ANAC, que não tinha edital, ainda. Só que as matérias do TCU eram bem parecidas. Decidi investir.

Pouco mais de dois meses depois veio a prova para Técnico. Fiquei em 11º lugar e, após o curso de formação, em 8º. Na mesma época, também tinha feito o concurso de ATA-MF, e fui aprovada, em 604.

Foi para o TCU que fui chamada primeiramente, pois fiquei entre os primeiros colocados. Tomei posse no final de 2012 em um concurso cuja concorrência é extremamente acirrada.

Posse dos Técnicos Federais de Controle Externo – TCU

Posse dos Técnicos Federais de Controle Externo (TCU), em 2012.

Depois da posse no TCU, o TSE pediu a documentação de desempate. O MF também me chamou para a nomeação.

Por ser o TCU de longe o melhor dentre as opções que eu tinha (quem não sabe da nossa ótima remuneração, recesso de um mês, férias, banco de horas, 7 horas corridas de trabalho, garagem privativa, trabalho de casa, dentre outras coisas?), decidi ficar por lá.

Decisão da criação do Esquemaria.com.br para ajudar outras pessoas

Eu nunca deixei de estudar e de praticar minha profissão, apesar dos concursos. A monografia da faculdade e o trabalho final da pós-graduação foram extremamente voltadas para o comportamento e a semiótica, dois elementos da publicidade que me ajudaram nas técnicas de estudos. Eu fazia as fichas de estudo ensinadas por Alex Viegas e, em parte, Alex Meirelles com uma rapidez e facilidade tremendas.

Em julho de 2013, tive a ideia de juntar minhas duas paixões: concursos públicos e design. Eu sabia que esquemas elevavam a qualidade de estudo de uma maneira extremamente surpreendente. Então, surgiu a ideia do Esquemaria. Um site que ensinasse concurseiros a não cometer os mesmos erros que eu tinha cometido. E que os ajudasse a descobrir seu próprio “melhor jeito de estudar”.

O planejamento do Esquemaria levou 7 meses. Depois, fiquei mais 2 meses executando – escrevendo artigos e construindo o site. É claro que todo o esforço, como sempre, valeu a pena: olha aí a página em pleno vapor!

A imagem abaixo era a ideia original do Esquemaria, que foi modificada ao longo do tempo.

Mapa mental sobre o esquemaria.

Adoro ajudar pessoas a aprender. Postar conteúdo para o blog não é um desafio, mas uma diversão. Ao menos de início foi só diversão, é claro que ao longo da jornada eu percebi que teria que lidar com muito perrengue, também.

Stratosphere, Las Vegas.

 

Eu e meus mentorados

Com a bagagem de aprovada em ótimos concursos e com o novo conhecimento adquirido ao longo dos anos em educação e técnicas de estudos, criei, em 2015, o meu treinamento online de como passar em concursos públicos.

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Acredito que seja o treinamento de maior custo-benefício do Brasil. Os alunos têm contato direto comigo pela plataforma e têm acesso a aulas em vídeo e materiais de planejamento em PDF e Excel.

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