As discussões, no Brasil, sobre a criação de um tribunal de contas durariam quase um século, polarizadas entre os que defendiam sua necessidade — para quem as contas públicas deviam ser examinadas por um órgão independente — e os que a combatiam, por entenderem que as contas públicas podiam continuar sendo controladas por aqueles que as realizavam.
Somente a queda do Império e as reformas político-administrativas da jovem República tornaram realidade, finalmente, o Tribunal de Contas da União. Em 7 de novembro de 1890, por iniciativa do então ministro da Fazenda, Rui Barbosa, criou-se, por meio do Decreto n.º 966-A, o Tribunal de Contas da União, que se nortearia pelos princípios da autonomia, da fiscalização, do julgamento, da vigilância e da energia.
A Constituição de 1891, a primeira republicana, ainda por influência de Rui Barbosa, institucionalizou definitivamente o Tribunal de Contas da União, inscrevendo-o em seu art. 89.
Idem (com adaptações).
Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto, julgue o item subsequente.
O segmento "a primeira republicana" está entre vírgulas por ser um vocativo.
A justificativa da questão está errada. Esta vírgula está indicando uma expressão explicativa.
As vírgulas do vocativo servem para chamar. Se você se lembrar disso, vai ganhar fácil essas questões.
No caso da questão, “a primeira republicana” atua como uma expressão explicativa, esclarecendo qual Constituição está sendo referida entre as várias que o Brasil já teve.
Nos dois casos acima, a vírgula é obrigatória.
O que é um vocativo?
O vocativo é um termo que serve para invocar, chamar ou nomear o interlocutor a quem nos dirigimos. Sintaticamente, o vocativo funciona como um termo acessório da oração, ou seja, não é essencial para a estrutura do período. Ele não exerce nenhuma função sintática específica (sujeito, verbo, objeto etc). Por ser um termo à parte, o vocativo fica isolado do resto da frase por vírgula, travessão ou ponto de exclamação. Exemplos:
|
MEDIDA APLICADA LTDA
Faça sua pré-matrícula: