É uma falácia comum supor que mudanças graduais, pequenas, só podem engendrar resultados graduais, incrementais.
Mas esse é um raciocínio linear, que parece ser nosso modo padrão de pensar a respeito do mundo. Isso pode decorrer do simples fato de que a maior parte dos fenômenos perceptíveis para os seres humanos, em escalas de tempo e de magnitude habituais e dentro do escopo limitado de nossos sentidos, tende a seguir direções lineares — duas pedras parecem duas vezes mais pesadas que uma; é necessária uma quantidade de comida três vezes maior para alimentar um número três vezes maior de pessoas, e assim por diante. No entanto, fora da esfera das ocupações humanas práticas, a natureza está cheia de fenômenos não lineares. Processos de extrema complexidade podem emergir de regras ou partes enganosamente simples, e pequenas mudanças num fator subjacente a um sistema complexo podem engendrar mudanças radicais e qualitativas em outros fatores que dele dependem.
Pense neste exemplo muito simples: imagine que você tenha um bloco de gelo na sua frente e esteja aquecendo-o pouco a pouco. Na maior parte do tempo, o aquecimento por um grau a mais não causa nenhum efeito interessante: a única coisa que você tem e que não tinha um minuto atrás é um bloco de gelo ligeiramente menos gelado. Mas, então, chega-se a 0 °C e, assim que essa temperatura crítica é atingida, você vê uma mudança abrupta, espetacular. A estrutura cristalina do gelo desagrega-se, e, de repente, as moléculas de água começam a escorregar e a fluir livremente umas em torno das outras. Sua água congelada torna-se líquida, graças a um grau crítico de energia térmica.
Nesse ponto-chave, mudanças incrementais cessaram de ter efeitos incrementais e precipitaram uma súbita mudança qualitativa chamada transição de fase.
Vilayanur Subramanian Ramachadran. O que o cérebro tem para contar: desvendando
os mistérios a natureza humana. Rio de Janeiro: Zahar, 2014, p. 32-3 (com adaptações).
Em relação a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item subsecutivo.
No parágrafo, “assim que” exprime circunstância de tempo.
A questão pede para julgar se a expressão “assim que” exprime circunstância de tempo. A resposta é sim.
No contexto do texto, “assim que” é usado para indicar o momento exato em que a temperatura atinge 0 °C, marcando um ponto específico no tempo em que ocorre uma mudança significativa. Portanto, a expressão estabelece uma relação temporal clara entre atingir a temperatura crítica e a mudança de estado da água.
Qual classe morfológica indica intensidade?
Essa a FGV gosta. São os advérbios. Esta ficha vai te dar um apanhadão sobre advérbios. Eu a salvaria para revisar mais tarde! | |
Os advérbios são palavras que modificam verbos, adjetivos ou outros advérbios, fornecendo mais detalhes sobre a ação, o estado ou a característica. → Se a palavra não for relacionada a verbos, adjetivos ou outros advérbios, ela NÃO vai ser advérbio. Fácil assim. | |
Como identificar advérbios:
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Advérbio é uma classe morfológica invariável. Não flexiona em gênero, número e grau. | |
Categorias de Advérbios:
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Uso de Advérbios em Comparativos e Superlativos:
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Evitar Redundâncias:
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