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O que significa equidade?

De acordo com o Manual de Auditoria Operacional do TCU (MANOP):

O exame da equidade, que pode ser derivado da dimensão de efetividade da política pública, baseia-se no princípio que reconhece a diferença entre os indivíduos e a necessidade de tratamento diferenciado.

Equidade é um conceito que se refere à justiça e imparcialidade na distribuição de recursos, oportunidades e tratamento entre as pessoas. Diferente de igualdade, que implica tratar todos de maneira idêntica, equidade reconhece que diferentes indivíduos ou grupos podem precisar de diferentes níveis de apoio ou recursos para alcançar um resultado justo e equilibrado.

Caiu na prova

Cespe / Cebraspe
Auditor de Controle
CG DF
2023

Acerca da auditoria operacional e da avaliação de programas de governo, julgue os itens seguintes.

I Pode-se dizer que o gestor de um programa de governo auditado que incluiu ação para que o serviço de vacinação alcançasse crianças que habitam em áreas de difícil acesso, buscou agir de acordo com o conceito de equidade.

II Um exemplo de independência do auditor durante o processo da auditoria operacional é a definição da abordagem metodológica.

III Planejamento, seleção de temas, execução, relatório, apreciação pela unidade de auditoria, divulgação, comentário do gestor auditado e monitoramento, respectivamente, são as etapas, em sequência, do ciclo de auditoria operacional.

IV O risco de conclusões incorretas ou incompletas pode ser mitigado pela equipe de auditoria, a qual deve deter, coletivamente, conhecimento das técnicas de auditoria, dispensando-se o conhecimento do objeto auditado.

Estão certos apenas os itens

Comentário longo

Vejamos cada item!

I Pode-se dizer que o gestor de um programa de governo auditado que incluiu ação para que o serviço de vacinação alcançasse crianças que habitam em áreas de difícil acesso, buscou agir de acordo com o conceito de equidade.

Certíssimo!

Equidade é um conceito frequentemente abordado em várias matérias de concursos públicos. Significa tratar as pessoas de maneira justa, levando em consideração suas diferenças e necessidades específicas. Em outras palavras, equidade implica oferecer diferentes níveis de apoio e recursos para garantir que todos tenham as mesmas oportunidades de sucesso, reconhecendo que tratar todos de maneira idêntica nem sempre resulta em justiça.

 

II Um exemplo de independência do auditor durante o processo da auditoria operacional é a definição da abordagem metodológica.

Certo. De acordo com o MANOP:

62. O auditor necessita exercer sua independência durante todo o processo da auditoria operacional para tomar decisões-chave em diversos momentos, tais como (NAT, 48.1; GUID 3910/11):

a. escolha do tema e dos objetivos da auditoria;

b. identificação de critérios;

c. definição da abordagem metodológica;

d. obtenção e avaliação das evidências;

e. discussão dos critérios e achados com a entidade auditada;
f. elaboração das conclusões da auditoria;

g. avaliação de opiniões, dados e informações obtidos das
várias partes interessadas;

h. elaboração de relatório justo, objetivo e equilibrado.

 

III Planejamento, seleção de temas, execução, relatório, apreciação pela unidade de auditoria, divulgação, comentário do gestor auditado e monitoramento, respectivamente, são as etapas, em sequência, do ciclo de auditoria operacional.

Acho que dava para chegar só à conclusão de que a divulgação vem depois do comentário do gestor auditado, sem precisar decorar, não é mesmo?

De toda forma, a resposta está no MANOP:

44. Sinteticamente, o ciclo de auditoria operacional se inicia com a seleção dos temas. Após a definição de um tema específico, deve-se proceder ao planejamento para definição de uma estratégia global e elaboração do plano de auditoria, que tem por finalidade detalhar os objetivos do trabalho, as questões a serem investigadas, os procedimentos a serem desenvolvidos e os resultados esperados com a realização da auditoria. Na fase de execução, realiza-se a coleta dos dados e informações e sua análise. A seguir, desenvolve-se o relatório preliminar, que é enviado ao gestor para comentários. Após a análise dos comentários do gestor pela equipe de auditoria, efetuam-se as alterações necessárias (se for o caso), obtendo-se o relatório final, que é submetido à apreciação do ministro-relator e do plenário.

 

IV O risco de conclusões incorretas ou incompletas pode ser mitigado pela equipe de auditoria, a qual deve deter, coletivamente, conhecimento das técnicas de auditoria, dispensando-se o conhecimento do objeto auditado.

Imagine ser juiz em uma modalidade Olímpica sem saber as regras do jogo!

Não é possível, certo?

O auditor deve deter julgamento profissional, e para isso, é essencial que ele tenha conhecimento sobre o objeto auditado.

De modo geral, quais são as etapas do ciclo de auditoria?

As etapas podem mudar, dependendo da fonte, mas vamos usar aqui o Manual de Auditoria Operacional do TCU para você ter uma ideia de quais serão:

44. Sinteticamente, o ciclo de auditoria operacional se inicia com a seleção dos temas. Após a definição de um tema específico, deve-se proceder ao planejamento para definição de uma estratégia global e elaboração do plano de auditoria, que tem por finalidade detalhar os objetivos do trabalho, as questões a serem investigadas, os procedimentos a serem desenvolvidos e os resultados esperados com a realização da auditoria. Na fase de execução, realiza-se a coleta dos dados e informações e sua análise. A seguir, desenvolve-se o relatório preliminar, que é enviado ao gestor para comentários. Após a análise dos comentários do gestor pela equipe de auditoria, efetuam-se as alterações necessárias (se for o caso), obtendo-se o relatório final, que é submetido à apreciação do ministro-relator e do plenário.

Vou colocar de forma esquematizada:

  • Seleção dos temas
  • Definição de um tema específico
  • Planejamento para definição de uma estratégia global
  • Elaboração do plano de auditoria
    • Detalhamento dos objetivos do trabalho
    • Definição das questões a serem investigadas
    • Estabelecimento dos procedimentos a serem desenvolvidos
    • Identificação dos resultados esperados com a realização da auditoria
  • Fase de execução
    • Coleta dos dados e informações
    • Análise dos dados e informações
  • Desenvolvimento do relatório preliminar
    • Envio do relatório preliminar ao gestor para comentários
  • Análise dos comentários do gestor pela equipe de auditoria
    • Efetuação das alterações necessárias (se for o caso)
  • Obtenção do relatório final
    • Submissão do relatório final à apreciação do ministro-relator e do plenário

Dê exemplos de independência do auditor.

De acordo com o Manual de Auditoria Operacional do TCU (MANOP):

62. O auditor necessita exercer sua independência durante todo o processo da auditoria operacional para tomar decisões-chave em diversos momentos, tais como (NAT, 48.1; GUID 3910/11):

a. escolha do tema e dos objetivos da auditoria;

b. identificação de critérios;

c. definição da abordagem metodológica;

d. obtenção e avaliação das evidências;

e. discussão dos critérios e achados com a entidade auditada;

f. elaboração das conclusões da auditoria;

g. avaliação de opiniões, dados e informações obtidos das várias partes interessadas;

h. elaboração de relatório justo, objetivo e equilibrado.

Independência do auditor-01

O que significa equidade?

De acordo com o Manual de Auditoria Operacional do TCU (MANOP):

O exame da equidade, que pode ser derivado da dimensão de efetividade da política pública, baseia-se no princípio que reconhece a diferença entre os indivíduos e a necessidade de tratamento diferenciado.

Equidade é um conceito que se refere à justiça e imparcialidade na distribuição de recursos, oportunidades e tratamento entre as pessoas. Diferente de igualdade, que implica tratar todos de maneira idêntica, equidade reconhece que diferentes indivíduos ou grupos podem precisar de diferentes níveis de apoio ou recursos para alcançar um resultado justo e equilibrado.

Dê exemplos de julgamento profissional.

Vamos para a NBC TA 200:

A25. O julgamento profissional é essencial para a condução apropriada da auditoria. Isso porque a interpretação das exigências éticas e profissionais relevantes, das normas de auditoria e as decisões informadas requeridas ao longo de toda a auditoria não podem ser feitas sem a aplicação do conhecimento e experiência relevantes para os fatos e circunstâncias. O julgamento profissional é necessário, em particular, nas decisões sobre:

    • materialidade e risco de auditoria;
    • a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e a coleta de evidências de auditoria;
    • avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das NBCs TA e, com isso, os objetivos gerais do auditor;
    • avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável da entidade;
    • extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas, por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das demonstrações contábeis.
A discussão ainda não começou.

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