O que fazer quando a banca pede a alternativa incorreta?

Quando a banca pedir uma alternativa errada ou incorreta, destaque bem com a sua caneta a palavra "INCORRETA" ou "ERRADA". Isso porque acontece muito de esquecermos desse detalhe, quando começamos a ler as alternativas.

Então, circule muito bem a palavra "negativa" que aparece no enunciado de sua questão.

Destaque bem a alternativa quando ela pede a incorreta

Caiu na prova

FGV

Auditor de Controle

TCU

2022

Ler texto de apoio

“Acabo de ler o trecho a seguir num livro de História: ‘Os cristãos tinham uma moral, mas os pagãos, não’. Ah! Senhor autor desta obra: onde o senhor aprendeu essa tolice? O que dizer da moral de Sócrates, de Cícero, de Marco Antônio e de tantos outros? Leitor: reflita e tire suas conclusões.”

A afirmativa inadequada sobre esse depoimento a respeito da leitura de uma obra histórica é:

o argumentador do texto mostra sua presença desde a primeira linha por meio da desinência verbal da forma “acabo”;

o adversário argumentativo que o argumentador deseja refutar está identificado pela expressão “Senhor autor desta obra”;

a palavra “tolice” serve de qualificação da tese adversária;

o leitor, que é visto como árbitro do debate, é invocado na última frase do texto;

o argumentador julga a tese apresentada, mas não expõe argumentos que a contradigam.

Carol Alvarenga

Comentário longo

Você tem que prestar muita atenção ao enunciado, que pede a alternativa INCORRETA. Não erre por besteira.

Vamos analisar cada alternativa:

A (Correta): A presença do argumentador é evidenciada desde a primeira linha pelo uso da primeira pessoa do singular no verbo “acabo”, indicando que o texto é uma expressão direta de suas ideias e percepções. Quando a banca fala de “desinência” significa: a parte final da palavra. Como a palavra acaba. Belê?
B (Correta): O adversário argumentativo, ou seja, o autor da obra criticada, é claramente identificado pela expressão “Senhor autor desta obra”, estabelecendo a quem o argumentador está se dirigindo.
C (Correta): A palavra “tolice” é utilizada para qualificar negativamente a tese do autor criticado, demonstrando o desacordo do argumentador com a afirmação original.
D (Correta): Ao final do texto, o leitor é convocado a refletir sobre o debate proposto, assumindo o papel de árbitro, ou seja, de quem deve julgar o mérito das argumentações apresentadas. O texto claramente diz isto: “Leitor: reflita e tire suas conclusões.”
E (Incorreta): Esta alternativa é apontada como incorreta porque, de fato, o argumentador apresenta argumentos contra a tese que critica. Ao mencionar figuras históricas pagãs conhecidas por suas contribuições morais, o argumentador fornece exemplos concretos que desafiam a afirmação de que os pagãos não tinham moral, demonstrando que sua crítica não é desprovida de fundamentação.